A Anvisa determinou a proibição imediata da fabricação, venda e distribuição de três marcas de café em pó após identificar a presença da toxina ocratoxina A, considerada imprópria para consumo humano.
Os produtos, classificados como “café fake”, apresentavam matérias estranhas, impurezas e irregularidades na rotulagem. Apesar de afirmarem conter “polpa de café” ou “café torrado e moído”, utilizavam ingredientes de qualidade inferior, como grãos crus, resíduos ou restos da lavoura.
As marcas atingidas são Melissa, Pingo Preto e Oficial, que também já haviam sido desclassificadas pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA) no fim de março.
Substâncias tóxicas e ausência de café 4q635s
Segundo o MAPA, os lotes continham níveis elevados de micotoxinas, como a ocratoxina A, além de pedras, areia, sementes de outras espécies, galhos, folhas e cascas — tudo em proporções acima do limite permitido pela legislação (1%).
A investigação indicou que os produtos não possuíam café na composição real, sendo elaborados com materiais descartados da lavoura, conforme afirmou Hugo Caruso, diretor do Departamento de Inspeção de Produtos de Origem Vegetal (Dipov).
A resolução da Anvisa também proíbe a propaganda e o uso dos produtos, determinando o recolhimento de todos os lotes das marcas envolvidas.