Durante visita da Comissão de Direitos Humanos (CDH) a Roraima, a senadora Damares Alves (Republicanos-DF), que preside a comissão, chamou a atenção para o aumento de crianças venezuelanas que estão chegando ao Brasil sozinhas, sem a companhia de familiares.
A viagem tem como objetivo avaliar as condições da Operação Acolhida e buscar medidas para proteger os direitos dessas pessoas. A programação também inclui uma visita à Terra Indígena Yanomami.
Senadora Damares Alves alerta sobre crianças que migram sozinhas em Roraima 6i1g31
A crise na Venezuela tem levado muitas pessoas, entre elas crianças e adolescentes, a atravessar a fronteira em busca de segurança no Brasil.
Dados do UNICEF mostram que, de janeiro a agosto de 2024, cerca de 300 pessoas por dia buscaram abrigo no país.
Nesse período, quase 5 mil crianças chegaram desacompanhadas, sem familiares ou sem documentos.
“Essas crianças chegam sozinhas, precisam ficar em um abrigo em Pacaraima e depois são encaminhadas para Boa Vista. Mas onde estão suas famílias? Precisamos garantir a segurança e o cuidado dessas crianças”, disse a senadora.

Roraima é o principal ponto de entrada de imigrantes venezuelanos no Brasil e concentra grande parte das ações de apoio para enfrentar essa crise humanitária.
Outro foco da visita da comissão é a situação dos povos Yanomami. A região vive uma grave crise, que se intensificou nos últimos dois anos, com aumento de mortes e agravamento das condições de saúde, como casos de malária, desnutrição e doenças infecciosas.
Ademais, a visita ao território está prevista para sábado (31) e busca verificar denúncias de violações de direitos.
Sobre a Operação Acolhida 3la2j
A Operação Acolhida é uma ação humanitária criada em 2018 para receber imigrantes e refugiados, principalmente da Venezuela, que chegam ao Brasil.
Por fim, o programa oferece acolhimento, abrigo e ajuda na distribuição dessas pessoas para outras cidades, em busca de melhores condições de vida.