A Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu por unanimidade tornar o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e mais sete pessoas réus no processo que apura crimes de:
- Organização criminosa armada;
- Abolição violenta do Estado Democrático de Direito e Golpe de Estado;
- Dano qualificado ao patrimônio público;
- Deterioração de patrimônio tombado.
Além de Bolsonaro, são réus:
- Alexandre Ramagem, ex-diretor-geral da Abin;
- Almir Garnier, ex-comandante da Marinha do Brasil;
- Anderson Torres, ex-ministro da Justiça e ex-secretário de Segurança Pública do Distrito Federal;
- Augusto Heleno, ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI);
- Mauro Cid, tenente-coronel do Exército e ex-ajudante de ordens de Bolsonaro;
- Paulo Sérgio Nogueira, ex-ministro da Defesa;
- Walter Braga Netto, ex-ministro da Casa Civil.
O julgamento, que teve início na última terça-feira (25), foi retomado na manhã desta quarta-feira (26). Foram favoráveis ao recebimento da denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR) todos os ministros do grupo: Alexandre de Moraes (relator), Flávio Dino, Luiz Fux, Carmén Lúcia e o presidente do Colegiado, Cristiano Zanin.
Com o aceite da denúncia, os investigados agora se tornarão réus e arão a responder ao processo na Suprema Corte, onde poderão ser considerados culpados ou inocentes.

Voto do relator 3i5v2w
Com maior tempo de manifestação, em uma média de 1h50, o relator do caso, Moraes, foi o primeiro a votar e ressaltou que os atos antidemocráticos de 8 de janeiro não foram absolutamente em nada tranquilo, deixando, inclusive, autoridades competentes agredidos.
“Ninguém que lá estava, estava eando. E ninguém estava eando porque tudo estava bloqueado, e houve necessidade de romper as barreiras policiais”, afirmou.