Após circular nos bastidores do Palácio do Planalto que a ministra Nísia Trindade sairia do comando do Ministério da Saúde, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) planeja acomodá-la em um organismo internacional de relevância no setor.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) e a Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) são citadas como possibilidades.
Alexandre Padilha, o atual ministro da Secretaria de Relações Institucionais, pode ocupar o lugar de Nísia.
Lula se reuniu, nesta terça-feira (25), com a ministra da Saúde, Nísia Trindade, no Palácio do Planalto para discutir sobre a troca e falar sobre o futuro dela dentro do governo.
Mais cedo, o presidente Lula participou de um evento ao lado da ministra para anunciar a produção em larga escala da primeira vacina 100% nacional e de dose única contra a dengue.
Segundo a CNN, a avaliação do governo é que Nísia tem um currículo técnico — e agora também político — adequado para integrar esse tipo de entidade.
Há também um sentimento de gratidão pessoal de Lula, que quer proporcionar uma “espécie de compensação” pelo serviço prestado por ela no poder Executivo.
Reforma ministerial 1g442k
As últimas semanas foram marcadas por uma informação vazada à imprensa de que Lula faria uma nova reforma ministerial.
Nísia teria ficado magoada por já ter sua demissão tornada pública, sem ter sido informada pelo governo antes.
Ela é a primeira mulher a comandar o Ministério da Saúde e também foi a primeira a presidir a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).
O chefe do Planalto decidiu pela troca devido à insatisfação de membros do Centrão e também da base governista.
O objetivo é ampliar a governabilidade dentro do Legislativo, que terá votações de propostas importantes pela frente.
*Com informações da CNN