Após ser acusada de incitar o golpe de estado, a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro afirmou, nesta sexta-feira (21), que as declarações de Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro (PL), ocorreram em “um momento de perturbação mental”.

A fala ocorreu após a delação premiada de Mauro Cid à Polícia Federal (PF) ter sido tornada pública.

“[As falas feitas durante a delação ocorreram em] momento de perturbação mental. [Estou] Zero apreensiva; 100% confiante em Deus, porque meu marido está sofrendo uma perseguição. A verdade vai prevalecer”, disse a jornalistas, após evento do PL, em Brasília.

Michelle Bolsonaro negou qualquer envolvimento na articulação do um golpe de estado em 2022 e contestou as provas apresentada pela Procuradoria-Geral da República (PGR).

Segundo ela, a denúncia não a de uma “narrativa mentirosa”. Ela também se mostrou “tranquila” em relação ao envolvimento de Bolsonaro, que é colocado como líder da trama golpista, junto a outros aliados do seu governo.

Após o evento, Michelle também exaltou a capacidade da direita de se mobilizar nas redes sociais para fazer oposição ao governo.

“Nós produzimos vídeos sem muita produção, mas que alcançam grandes números de visualizações, destruindo a comunicação do atual governo”, destacou.

O que diz a delação? 1x5w2z

Na terça-feira (18), a PGR denunciou Jair Bolsonaro e outras 33 pessoas por envolvimento em um suposto plano golpista.

A ex-primeira-dama foi citada no relatório como integrante de um grupo de conselheiros radicais que tentava convencer o então presidente de “forma ostensiva” para colocarem o golpe em prática.

Embora Michelle e os filhos do ex-presidente tenham sido citados por Cid, a investigação PF não encontrou elementos suficientes para indiciá-los.