Dos 34 denunciados pela Procuradoria-Geral da República por tentativa de golpe de Estado, apenas um nome feminino aparece na lista, o de Marília Ferreira de Alencar. Ela é ex-diretora de Inteligência da Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal (SSP/DF) na gestão de Anderson Torres.
Segundo a denúncia, as condutas de Alencar, “revelaram descumprimento deliberado do dever que se lhes impunha, no âmbito das suas responsabilidades na segurança pública, de prevenir exatamente as barbaridades ocorridas”.
O documento da PGR inclui que a ex-diretora de Inteligência também contribuiu para blitze da Polícia Rodoviária Federal (PRF) realizadas no segundo turno da eleição presidencial de 2022, em especial no Nordeste.
Na ocasião, mais de 2 mil ônibus foram bloqueado pela PRF. A região concentrava maior número de votos para o então candidato Lula (PT) contra Jair Bolsonaro (PL).

Trajetória profissional 2p5a4a
Marília Alencar começou carreira como assessora jurídica na PGR, em 1999, permanecendo até 2005. Após esse período, assumiu assessoria no gabinete do subprocurador-geral da República, local que ficou até 2006.
Em 2007, entrou na Polícia Federal (PF), ando ou pela assessoria do diretor de logística e istração policial e foi chefe da divisão de istração da Academia Nacional de Polícia.
A denunciada também já esteve na diretoria da Inteligência da Secretaria de Operações Integradas do Ministério da Justiça e Segurança Pública, no governo Bolsonaro.