Nos últimos dias, intensificou-se a especulação sobre uma possível mudança no comando da Secretaria de Comunicação (Secom) do governo Lula.
A ideia de mudança ganhou força após Lula expressar publicamente sua insatisfação com a comunicação do governo.
Durante evento do PT, o presidente reconheceu falhas na divulgação das ações do governo e afirmou que ajustes são necessários.
O atual ministro-chefe da Secom, Paulo Pimenta, concordou com a avaliação de Lula, reconhecendo as dificuldades em dar visibilidade às ações dos ministérios.
Em declarações ao jornal Metrópoles, Pimenta afirmou que a avaliação crítica do presidente sobre a comunicação reflete um problema mais amplo da esquerda em construir uma narrativa capaz de enfrentar o avanço da extrema direita no Brasil.
“O presidente fez uma avaliação crítica sobre a comunicação que vai para além do governo. Quer dizer, a esquerda, o PT, a dificuldade, a incapacidade que a esquerda tem tido de construir uma narrativa capaz de fazer frente ao avanço da extrema direita, que é uma preocupação que eu também tenho”, disse Pimenta
Sinalização de troca 356840
Antes de comentar publicamente sobre a comunicação, Lula já havia sinalizado a aliados a intenção de trocar o comando da Secom, com Sidônio Palmeira como sua primeira opção.
Palmeira tem dado contribuições pontuais ao governo e, na semana ada, almoçou com Lula no Palácio da Alvorada.
No entanto, há obstáculos para essa mudança. Palmeira precisaria se afastar de sua empresa, o que pode ser um impeditivo.
Além disso, há avaliações de que o publicitário seria fundamental para coordenar a campanha de 2026, o que tornaria sua permanência breve na Secom.
Fontes dentro do governo falam em uma possível “saída honrosa” para Paulo Pimenta, com a possibilidade de realocá-lo em outra pasta no Palácio do Planalto ou até na liderança do governo na Câmara, dado que Pimenta foi eleito deputado.
A internação recente de Lula pode ter atrasado os planos de mudança na Secom, que, inicialmente, poderiam ocorrer ainda em dezembro, mas agora podem ficar para 2025.