A manhã desta quinta-feira (29) foi marcada por uma ação de grande porte no Tocantins: a Operação Serras Gerais, deflagrada pela Força Integrada de Combate ao Crime Organizado (FICCO/TO). 

O objetivo da operação foi desarticular o núcleo financeiro e logístico de uma organização criminosa especializada no tráfico de drogas, que movimentava milhões de reais por meio de empresas de fachada e reais.

Apreensões e mandados de prisão 6e4931

Com o apoio de diversas forças de segurança de diferentes estados, a operação atingiu facções criminosas com atuação em várias regiões, como Tocantins, Goiás, São Paulo, Bahia, Maranhão e Pará. 

Ao todo, 50 mandados foram cumpridos: 15 de prisão temporária e 35 de busca e apreensão. A operação contou com a participação de mais de 200 policiais e abrangeu cidades em vários estados.

  • Tocantins: Palmas, Almas, Dianópolis, Formoso do Araguaia
  • Pará: Xinguara, Itaituba
  • Goiás: Goiânia, Aparecida de Goiânia, Goianira
  • Bahia: Luís Eduardo Magalhães
  • São Paulo: São Paulo, Itu
  • Maranhão: Imperatriz, Davinópolis, João Lisboa

Entre os bens apreendidos estavam fazendas, caminhões, carretas, veículos de luxo, aeronaves e embarcações, além de mais de R$ 64 milhões bloqueados relacionados a 35 pessoas físicas e jurídicas investigadas. 

Esses bens e valores estão diretamente ligados ao esquema de lavagem de dinheiro que envolvia grandes facções criminosas.

Aeronave apreendida durante a operação. – Foto: Divulgação/TO/SR – Comunicação Social

Lavagem de dinheiro 6fv52

As investigações revelaram que uma das instituições financeiras envolvidas, o 4TBANK, tinha ligação com facções criminosas de Goiás e foi utilizada para lavar dinheiro proveniente de atividades ilícitas. 

O banco também já havia sido mencionado em outras investigações, como em São Paulo, onde foi identificado como um banco paralelo que auxiliava facções no processo de lavagem de dinheiro.

Serras Gerais: centro logístico do crime 5l4v3n

O nome da operação faz alusão à região das Serras Gerais, no sudeste do Tocantins, onde a organização criminosa tinha estruturas logísticas para dar e às atividades ilícitas. 

A escolha do nome simboliza o esforço das forças de segurança em combater o crime organizado diretamente em suas bases operacionais, desmantelando as estruturas que sustentam o tráfico de drogas.

Crimes investigados 564a3h

Os investigados poderão responder por organização criminosa, lavagem de capitais e associação para o tráfico de drogas, crimes previstos em legislações específicas como as Leis 12.850/13, 9.613/98 e 11.343/06.

A operação também visa reduzir o número de processos judiciais relacionados ao tráfico e à lavagem de dinheiro, desafogando o sistema judiciário e garantindo maior eficácia nas investigações.