A agricultora Maria Giselle Nogueira de Lima, de 36 anos, foi presa na última terça-feira (10) em Boa Vista.
Ela é suspeita de invadir a fazenda do ex-marido e levar cartões de memória das câmeras de segurança do local.
A ação teria ocorrido com o apoio do atual companheiro, o tenente da Polícia Militar Cleonio Santos da Silva, de 51 anos, e outros três policiais que estavam de serviço.
Mulher de tenente é presa em Roraima 2bi6t
A prisão aconteceu em frente a uma academia no bairro Buritis, zona Oeste da capital, após um mandado de prisão preventiva ser emitido pela Justiça a pedido do Ministério Público de Roraima (MPRR).
Conforme a denúncia, a agricultora teria retirado dez cartões de memória com uso de ameaça e força, contando com a presença de policiais armados e de outras pessoas não identificadas.

Além disso, ela também é investigada por possível fraude processual, por supostamente desligar o sistema de câmeras da propriedade para dificultar as investigações.
A Justiça destacou que a ação indicaria o uso de influência sobre agentes públicos para fins pessoais. A situação representaria risco de repetição do crime e ameaça à ordem pública.
O mandado de prisão foi expedido no dia 6 de junho de 2025 pelo juiz Cleber Gonçalves Filho, da 1ª Vara Criminal. Em seguida, Maria Giselle foi levada para a Cadeia Pública Feminina de Boa Vista.
Indenização 5q6bj
No dia 4 de junho, a Justiça de Roraima condenou o governo do estado a pagar uma indenização de mais de R$ 30 mil ao empresário dono da fazenda invadida.
A decisão atendeu a uma ação movida por ele em março do ano ado. O empresário alegou que os policiais entraram na fazenda sem mandado judicial.
Posteriormente, os agentes chegaram a arrombar o porta-luvas do carro dele, de onde teriam retirado os cartões de memória das câmeras de segurança.
Por fim, a Justiça determinou que o estado deve pagar R$ 30 mil por danos morais e mais R$ 2.136,28 pelos prejuízos causados no veículo.
Como foi a invasão? 211t3n
De acordo com as investigações, o caso ocorreu no dia 7 de março de 2024. Na ocasião, o tenente Cleonio estaria de serviço e teria usado duas viaturas da PM e o apoio de outros três policiais para ir até a fazenda do ex-marido de sua companheira.
O grupo teria intimidado o empresário, levado objetos da propriedade e alegado que o local pertencia a Maria Giselle. Não havia mandado judicial autorizando a ação.
Parte da invasão foi gravada pelas câmeras da fazenda. No entanto, os cartões com as imagens teriam sido levados.
O empresário, no entanto, conseguiu registrar parte da movimentação com o próprio celular, incluindo a presença do tenente.
Cleonio chegou a ser preso no dia 30 de abril de 2024, mas foi solto em dezembro, com a condição de cumprir medidas cautelares, como não voltar ao local dos fatos e não manter contato com a vítima.