O professor universitário Adelson Alves de Lima Júnior, de 46 anos, e sua esposa, a empresária Luana Lopes Lemos, de 36, foram indiciados pela polícia em Rorainópolis, no Sul de Roraima, por torturar um jovem de 24 anos.
De acordo com a investigação, o crime aconteceu depois que Adelson descobriu que Luana mantinha um relacionamento extraconjugal com a vítima.
Professor e empresária torturam ‘amante’ em Roraima 3x38x
Além do indiciamento por tortura, Adelson também responde por constrangimento ilegal e por agredir a própria esposa.
As agressões contra Luana, que incluíram coronhadas, socos e uso de um descascador de laranja, foram relatadas por ela e por testemunhas.
A polícia aponta que Adelson teria planejado uma armadilha para atrair o jovem até a zona rural de Rorainópolis.
Para isso, ele chegou a se ar por Luana em mensagens de celular, convencendo a vítima a retornar à cidade após ela fugir para Presidente Figueiredo, no Amazonas.

No local da emboscada, o jovem foi agredido com socos, chutes, coronhadas, capacetadas e até uma barra de ferro, sofrendo ferimentos pelo corpo e no rosto.
Durante o ataque, o professor chegou a apontar uma arma para a cabeça da vítima e fez um disparo no chão.
O jovem foi obrigado a se despir sob ameaça de abuso sexual, mas conseguiu fugir e buscou abrigo na casa da mãe.
No entanto, por medo de represálias, ele foi atendido no Hospital Geral de Roraima, em Boa Vista, e não no hospital local.
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Conforme as investigações da Polícia Civil, Luana teve papel fundamental no crime. Ela conduziu o carro que levou o jovem até o local da agressão e permaneceu no veículo durante as agressões, o que caracteriza “domínio do fato” — uma participação essencial mesmo sem agressão direta.
Após o ataque, Adelson continuou a ameaçar a vítima e sua família, chegando a contratar pessoas para vigiar o hospital onde o jovem estava internado, além de ameaçá-lo no novo emprego em Boa Vista.
O casal foi preso em março deste ano sob suspeita de tortura, lesão corporal grave, constrangimento ilegal, ameaças e roubo, mas foi liberado em abril.
A defesa dos dois afirma que eles colaboram com as investigações e que confiam na absolvição, reforçando o princípio da presunção de inocência.
O caso agora será analisado pelo Ministério Público de Roraima, que decidirá se apresenta denúncia formal à Justiça.

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Uma ex-funcionária de Luana relatou ter sofrido ameaças do casal por saber do relacionamento extraconjugal, incluindo o roubo do celular dela e agressões que teriam funcionado como “avisos”.
Ademais, ela também afirmou que havia mensagens e áudios no celular em que Luana itia participação nas agressões contra o amante.
Além disso, o casal apagou imagens de câmeras de segurança que poderiam ajudar na investigação. Luana é dona de uma cafeteria e foi candidata a vereadora em Rorainópolis em 2024.
Por outro lado, Adelson leciona em instituições públicas da região.