Com vontade de descansar um pouco mais, o advogado do general Augusto Heleno, Matheus Milanez, fez um pedido inusitado ao ministro Alexandre de Moraes na última segunda-feira (9).

Milanez questionou sobre os horários das sessões, que ao seu ver foram marcadas muito cedo, sem ao menos ter a possibilidade de ter uma refeição de maneira correta. 

A fala foi feita durante depoimento de dois réus na ação penal que investiga uma suposta trama golpista: tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro (PL), e o deputado federal Alexandre Ramagem.

“São quase 20 horas, a audiência amanhã se inicia às 9 horas. Considerando que temos que chegar meia hora antes, nós viemos em um carro, eu tenho que levar o general para casa, preciso ir para minha casa. Minimamente eu quero jantar, Excelência. Eu só tomei café da manhã”, disse.

Ao responder ironicamente, Moraes falou que se 9 horas não está bom, poderia ser às 09h02min. O advogado gostaria que fosse às 10h. 

O ministro brincou ainda que quando o interrogatório encerrar, todo tempo do mundo existirá para cuidar da vida pessoal. 

Sequência de questionamentos 4n1l38

Nesta terça-feira (10), os questionamentos serão retomados, a partir das 9h, pela Primeira Turma da Suprema Corte. Será ouvido em primeiro lugar o almirante Almir Garnier, ex-comandante da Marinha.

Além dele, faltarão:

  • Anderson Torres, ex-ministro da Justiça;
  • Augusto Heleno, ex-ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI);
  • Jair Bolsonaro, ex-presidente da República;
  • Paulo Sérgio Nogueira, ex-ministro da Defesa;
  • e Walter Braga Netto, ex-ministro da Defesa e vice de Bolsonaro na eleição em 2022.