O Brasil e a Interpol am, nesta segunda-feira (9), uma declaração de intenções para ampliar a colaboração policial e viabilizar operações conjuntas. O acordo foi firmado durante a visita do presidente Lula (PT) à sede da organização, em Lyon, na França.

Lula destacou que a globalização facilitou a articulação de grupos criminosos além das fronteiras nacionais, exigindo respostas multilaterais urgentes. O presidente ressaltou a necessidade de cortar o financiamento do crime, especialmente por meio do combate à lavagem de dinheiro.

 “A criminalidade está evoluindo a uma velocidade sem precedentes, exigindo ações multilaterais urgentes e coordenadas”, pontuou. 

A parceria com a Interpol visa:

  • Ampliar a cooperação por meio de iniciativas que visam reforçar a cooperação internacional para enfrentamento do crime organizado;
  • Desarticular organizações criminosas transnacionais e suas redes de apoio;
  • Apoiar a modernização tecnológica e institucional dos órgãos de segurança pública no Brasil e na América Latina; 
  • Promover a proteção de grupos vulneráveis e os direitos humanos na atuação policial.
de declaração entre Brasil e Interpol. Foto: Ricardo Stuckert/PR.

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A Interpol é liderada desde novembro de 2024 pelo delegado da Polícia Federal Valdecy Urquiza, o primeiro representante de um país em desenvolvimento a ocupar o cargo de secretário-geral em 100 anos da organização.

Lula elogiou a nomeação, classificando-a como um reconhecimento da credibilidade do Brasil no enfrentamento ao crime organizado.

Urquiza anunciou a criação de uma força-tarefa internacional focada em combater redes criminosas na América do Sul, integrando inteligência, tecnologia e operações conjuntas.

Lula e Valdecy Urquiza. Foto: Ricardo Stuckert/PR.

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A Interpol atua em investigações sobre tráfico de pessoas, exploração infantil, narcotráfico, crimes cibernéticos e ambientais. Urquiza alertou que essas organizações têm poder sem precedentes.

“Esses crimes impactam profundamente nossas comunidades, nossas economias, nossas instituições. E nenhum país está imune, nenhum setor está a salvo. Mais do que nunca, torna-se inegociável a necessidade de uma resposta global, coordenada e eficaz”, disse.