Os deputados federais Lindbergh Farias (PT-RJ) e Rogério Correia (PT-MG) voltaram a protocolar na Procuradoria-Geral da República (PGR) um pedido para que o Supremo Tribunal Federal (STF) imponha o uso de tornozeleira eletrônica ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
Em março, o argumento utilizado pelos parlamentares foi de que “é imprescindível para garantir a permanência do acusado em solo brasileiro, haja vista a possibilidade de fuga por vias terrestres”. Eles demonstraram receio de que o Brasil tivesse um “fujão”.
Agora, os deputados percebem que o ex-presidente pode seguir os os da deputada Carla Zambelli (PL-SP), que anunciou na última terça-feira (3) que está fora do Brasil.
“Bolsonaro já tentou intimidar testemunha, já burlou a Justiça e agora pode estar prestes a fugir, igualzinho Zambelli”, disse Lindbergh.
A parlamentar justificou a saída do país como ato de resistência, com a liberdade de falar o que ela quer falar. “Voltar a ser a Carla que eu era antes das amarras que essa ditadura nos impôs”, expressou.
Depoimento à PF
Na última segunda-feira (2), Lindbergh depôs à Policia Federal (PF) e fez uma série de solicitações no âmbito do inquérito que apura a atuação do deputado licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) nos Estados Unidos.
Entre os pedidos, está o bloqueio de contas do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). O argumento de Lindbergh é que o ex-presidente confessou que está ajudando o filho a se manter fora do país.
“Ele está sustentando para Eduardo Bolsonaro ficar andando de um lugar para o outro mentindo, conspirando contra o Brasil e pedindo sanção de uma nação estrangeira contra uma instituição independente – o Poder Judiciário Brasileiro”, disse.