Dois investigados na Operação Akuanduba, da Polícia Federal (PF), realizada em 2021, foram destituídos de seus cargos no Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) por determinação da Controladoria-Geral da União (CGU). São eles: 

  • Walter Magalhães Júnior, ex-superintendente do órgão no Pará;
  • Leopoldo Butkiewicz, assessor especial do então ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, no governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

A Operação mostrou irregularidades na exportação de madeira nativa da Amazônia para o exterior. Magalhães e Butkiewicz foram responsabilizados por facilitar o ato especialmente para os Estados Unidos e para a Europa. 

Tendo em vista um Processo istrativo Disciplinar (PAD) aberto em 2023, a ação foi assinada no último dia 22 de maio pelo ministro da CGU, Vinícius Marques de Carvalho. 

Ibama combate desmatamento ilegal. Foto: Felipe Werneck/Ibama.

A Controladoria entendeu que os dois cometeram infrações funcionais graves ao atuarem na liberação ou facilitação de exportações florestais sem respaldo técnico e normativos. 

A penalidade a eles atribuída, destituição do cargo de natureza, é a mais severa prevista para ocupantes de função de confiança. 

Para Butkiewicz, a CGU também, baseada na Lei Complementar 64/1990, aplicou inelegibilidade por oito anos para cargos comissionados no Executivo federal. 

Na mesma decisão, a CGU arquivou o processo disciplinar contra um terceiro investigado: Olivaldi Alves Borges Azevedo, por considerar que não havia elementos suficientes para aplicação de sanção.

O ex-ministro Salles já havia virado réu nessa mesma ação, junto de outras 14 pessoas também investigadas pela PF.

*Com informações de G1