O presidente Lula (PT) defendeu durante coletiva de imprensa na França no último sábado (7) que a 30ª Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas (COP30) seja um espaço de debates concretos e decisões efetivas sobre financiamento internacional para frear o aquecimento global. 

Segundo o petista, o objetivo é evitar que a temperatura média do planeta ultrae o limite de 1,5ºC, considerado pela comunidade científica como fronteira para evitar os efeitos mais catastróficos da crise climática. 

“Nós vamos fazer uma COP séria. Nada de muita festa, mas sim de debate, discussão. Vamos fazer um encontro separado de chefes de Estado, dois dias antes, para a gente aprofundar. Temos muita responsabilidade com a COP. Será um novo paradigma para a questão ambiental”, afirmou Lula. 

Estudos apontam que o custo global para enfrentar a crise climática já soma mais de US$ 1 trilhão. O presidente diz que isso se dá em razão de terem ignorado a situação global, sem agir na hora certa.  

“Agora a dívida é essa. Vamos ver na COP se vão levar o assunto a sério”, expressou. 

Lula fala da COP30 na França. Foto: Ricardo Stuckert/PR.

O evento terá sede em Belém, no mês de novembro. O presidente explicou que a escolha do local tem como propósito mostrar ao mundo a realidade da Amazônia. 

“Quero que o mundo veja a cara da Amazônia, porque todo mundo pensa que é só um monte de árvore. Não. São 30 milhões de seres humanos. E, entre eles, tem gente que a fome. Tem seringueiro, extrativista, indígena, pescador, pequeno produtor rural”, disse. 

A declaração se alinha com uma fala do ministro das Cidades, Jader Filho, no final de abril. À época, ele disse que Belém não ará por uma  “maquiagem” urbana para o momento. 

Belém para a COP30. Foto: Agência Pará

Incentivo  5es22

O presidente lembrou que o Brasil, na questão ambiental, lidera pelo exemplo e pelos compromissos estabelecidos, como:

“Não é tarefa fácil, mas propusemos sem ninguém pedir que a gente ia tratar isso com muita seriedade. O que queremos saber é se os outros países vão ter o mesmo comportamento. Os cientistas não estão inventando. Nós estamos tendo um calor excessivo, inclusive na Amazônia”, comentou.