Segundo novo relatório da Organização Meteorológica Mundial (OMM), que é a agência especializada da Organização das Nações Unidas (ONU), há 80% de chance de as temperaturas globais atingirem recorde anual de calor nos próximos cinco anos. 

O cenário compreende ainda aumento de secas extremas, inundações e incêndios florestais. Além disso, os dados também indicam uma pequena probabilidade de que, antes de 2030, o mundo possa registrar um ano de 2ºC mais quente do que na era pré-industrial. 

Os especialistas enxergam o quadro como “chocante”. Para eles, isso representa ameaça para a saúde, para economias nacionais e para paisagens naturais, ao menos que as pessoas deixem de queimar petróleo, gás, carvão e árvores.

Secretário-geral adjunto da OMM, Ko Barrete fala em um contexto sem muitas esperanças. “Acabamos de viver os dez anos mais quentes já registrados. Infelizmente, esse relatório não mostra sinais de abrandamento”, alerta. 

Foto: Jonathan Nackstrand/AFP.

Alerta em ano de COP 54c33

As mudanças climáticas faz com que o próprio governo brasileiro advirta ações humanas. Durante a Cúpula Virtual sobre Ambição Climática no final de abril, o presidente Lula (PT) defendeu esforços mundiais para combater destruições.

De acordo com o presidente, o planeta está seguindo para um cenário diferente, com o aquecimento global pior do que se imaginava.  

“Negar a crise climática não vai fazê-la desaparecer. O planeta já está farto de promessas não cumpridas. Neste ano, todos os países devem apresentar suas novas Contribuições Nacionalmente Determinadas, as NDCs, com metas de redução de emissões de carbono até 2035”, disse.

Com ênfase no Brasil, o presidente disse que o país entregou Contribuição Nacionalmente Determinada (NDC), com a meta de diminuir entre 59% e 67% das emissões de gases do efeito estufa até 2035, envolvendo todos os segmentos econômicos.

*Com informações de Agência Brasil