Faltando menos de um ano para a 30ª Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas (COP30), Belém se prepara para receber visitantes de todo o mundo.
Durante as obras no Parque Linear da Doca, uma descoberta histórica surpreendeu a cidade: um barco do século XIX foi encontrado submerso em um dos canais da capital paraense.
Barco encontrado durante obras para COP30 2x535j
De acordo com o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), a descoberta do barco é inédita na região, que está ando pellas obras para receber a COP30.
As primeiras evidências da embarcação foram encontradas em agosto de 2024, durante as escavações do canal da Doca. Até o momento, foram identificadas a proa e a parte mesial (meio) da estrutura metálica.
A empresa responsável pela obra, com o acompanhamento de arqueólogos e restauradores, gradualmente removeu a embarcação, que tem estimados 22 metros de comprimento, 7 metros de largura e 2,25 metros de profundidade, do local.

O processo enfrentou atrasos devido às intensas chuvas registradas em Belém entre dezembro e janeiro.
No dia 13 de janeiro, a equipe responsável retirou a proa do barco do canal.
Conforme a Secretaria de Estado de Obras Públicas (Seop) do Pará, a restauração de dois terços da embarcação já começou e o trabalho deve durar cerca de cinco meses.
Um pedaço da história amazônica 1b840
A equipe de escavação encontrou a carcaça metálica no canal da Doca, onde antes corria o Igarapé das Almas, ou das Armas.
Até meados do século XX, o igarapé era um importante ponto de circulação de mercadorias e encontros na cidade, mas acabou sendo aterrado e pavimentado.
Especialistas acreditam que a descoberta pode oferecer novos elementos sobre o ado da navegação na Amazônia. Além disso, destaca a relevância histórica e econômica do igarapé para a Belém do século XIX.
Destino da embarcação 265m3i
Após a restauração, o Memorial Amazônico da Navegação, localizado no Mangal das Garças, em Belém, exibirá os vestígios do barco.
A iniciativa visa valorizar o patrimônio cultural e conectar o público às raízes históricas da região.
A descoberta é mais um capítulo marcante no processo de transformação da cidade para a COP30.
Isso mostra não apenas a importância do evento climático, mas também a riqueza histórica que Belém preserva em seus espaços.