Quinze grandes empresários da França que atuam em diferentes áreas no Brasil se comprometeram a investir R$ 100 bilhões no país nos próximos cinco anos.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva fez o anúncio após uma reunião em Paris, na última sexta-feira (6).
Presidente Lula na França
Durante entrevista coletiva neste sábado (7), Lula afirmou que as viagens internacionais têm trazido resultados positivos ao Brasil.
“Se a gente somar os investimentos que nós conseguimos na China, se a gente somar os investimentos que nós conseguimos no Japão, nós vamos perceber que nós estamos fazendo aquilo que todo e qualquer presidente da República precisaria fazer pelo Brasil”, destacou.
A França é hoje o terceiro maior investidor estrangeiro no Brasil, com um total acumulado de US$ 66,34 bilhões.
De acordo com o Palácio do Planalto, mais de mil empresas sas atuam no país, gerando cerca de 500 mil empregos diretos.
Conforme o presidente, seu papel é aproximar empresários brasileiros e estrangeiros para incentivar novos negócios.
“O papel do presidente é abrir a porta e dizer para os caras: ‘olha, está aqui as possibilidades, nós produzimos isso, nós oferecemos isso, o que você tem para nos oferecer?’, e fazer negócio. E foi isso que eu fiz aqui na França”, acrescentou.
Além disso, esta foi a primeira visita de um chefe de Estado brasileiro à França em 13 anos. Durante a viagem, foram reforçados os 20 acordos do Plano de Ação da Parceria Estratégica Brasil-França.
Equipamentos
Outro tema discutido com o presidente francês Emmanuel Macron foi a produção de helicópteros na fábrica da Helibrás, em Itajubá (MG).
O ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, destacou que órgãos de segurança, saúde e defesa poderão usar os equipamentos, que também permitirão futuras exportações para países vizinhos
“[Os] helicópteros que poderão servir às polícias estaduais, aos governos estaduais, poderão ser empregados pelas agências de saúde e também com objetivos de defesa e controle do meio ambiente. As instalações de Itajubá poderão ser também utilizadas para futuras exportações para outros países da região que tenham interesse”, explicou.
Ademais, instituições brasileiras, como a Fiocruz, am acordos com centros de pesquisa ses, como o Instituto Pasteur, para desenvolver conjuntamente vacinas e produtos laboratoriais.

Acordo Mercosul-União Europeia
Sobre o acordo comercial entre o Mercosul e a União Europeia, Lula comentou que a ideia de que o agronegócio brasileiro prejudicaria a agricultura sa não se sustenta.
“Se eles cumprissem a cota, no máximo, os ses iriam comer dois hambúrgueres [de carne importada do Brasil], em média, por ano. É nada. Longe de mim querer prejudicar o pequeno agricultor francês. Eu não quero que a gente pare de comparar vinho da França, embora a gente produza vinho”, concluiu.
Por fim, Lula também lembrou que o acordo envolve os 27 países da União Europeia e que a decisão final cabe ao Parlamento Europeu, mesmo com a resistência da França.
*Com informações da Agência Brasil