A Justiça Federal determinou o bloqueio de R$ 23,8 milhões em bens e ativos financeiros de empresas e sócios envolvidos em fraudes contra aposentados e pensionistas do INSS.
A decisão atende pedido da Advocacia-Geral da União (AGU) e acabou proferida pela juíza Luciana Raquel Tolentino de Moura, da 7ª Vara Federal do Distrito Federal.
De acordo com a AGU, os valores congelados serão usados para ressarcir vítimas dos descontos indevidos em benefícios previdenciários. A ação é parte da Operação Sem Desconto, conduzida pela Polícia Federal, que apura um esquema nacional de cobrança de mensalidades associativas sem autorização.
Conforme as investigações, entre 2019 e 2024, cerca de R$ 6,3 bilhões acabaram descontados irregularmente de aposentados e pensionistas.
O golpe teria ocorrido por entidades que usavam dados dos beneficiários para inscrevê-los, sem consentimento, em associações e sindicatos.

No mês ado, a AGU já havia solicitado o bloqueio de R$ 2,5 bilhões de 12 entidades e 60 dirigentes. Para agilizar a análise, a Justiça decidiu dividir o caso em 15 ações distintas.
Além disso, as medidas fazem parte do trabalho do grupo especial criado pela AGU para recuperar os recursos desviados dos aposentados. O objetivo é garantir que o dinheiro retorne aos cofres públicos e, principalmente, aos beneficiários prejudicados.
Entidade alvo de investigação r4ey
Mesmo sob investigação da Polícia Federal por fraudes no INSS, a Confederação Nacional dos Agricultores Familiares (Conafer) mantém vínculos com a Frente Parlamentar em Defesa do Empreendedorismo Rural, formada por 212 deputados e senadores.
Durante o lançamento da Frente em abril de 2024, o presidente da Conafer, Carlos Lopes, foi o único representante do setor privado a subir ao palco, ao lado do deputado Fausto Pinato (PP-SP), presidente do grupo.
Por fim, o evento também contou com a presença do senador Chico Rodrigues (PSB-RR), vice-presidente da Frente, e de Pedro Neto, da Secretaria de Inovação do Ministério da Agricultura.