O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), ministros e auxiliares do governo discutiram, nesta sexta-feira (24), um conjunto de medidas para conter a alta no preço dos alimentos.

Para atingir a meta do presidente Lula, o ministro da Casa Civil, Rui Costa reforçou que não vai adotar nenhuma medida “heterodoxa”.

Ele descartou medidas de fiscalização do preço dos alimentos, como subsídio, supermercado estatal, comercialização de alimentos com prazos, congelamento ou tabelamento de preços.

A reunião de alinhamento dos trabalhos contou com a presença de cinco ministros: Rui Costa (Casa Civil), Fernando Haddad (Fazenda), Carlos Fávaro (Agricultura), Esther Dweck (Gestão e Inovação) e Paulo Teixeira (Desenvolvimento Agrário).

O presidente da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), Edegar Pretto, também participou.

Na primeira reunião ministerial no Palácio do Planalto, Lula declarou que baratear o preço dos alimentos  é a prioridade do governo em 2025.

Medidas 3c5x2u

Rui Costa, afirmou que o governo pode reduzir o Imposto de Importação para baratear determinados alimentos no mercado brasileiro.

“O preço se forma no mercado, o mercado é competitivo. Se nós tornamos mais barato a importação desses produtos, vão ter vários fatores econômicos do mercado importando esses produtos, porque tem uma diferença de preço e, portanto, vão enxergar um lucro a ganhar. Vão importar e ajudar a baixar o preço do produto interno, pelo menos, ao preço internacional”, explicou a jornalistas após reunião no Palácio do Planalto.

A principal atuação, segundo ele, será no estímulo da produção agrícola local, com atenção às políticas públicas e recursos já existentes e foco nos alimentos que chegam à mesa da população.

O ministro ainda destacou que o Ministério da Fazenda vai estudar formas de diminuir o custo de intermediação do Programa de Alimentação do Trabalhador (PAT).

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, já havia comentado sobre a possibilidade de redução de taxas de vales refeição e alimentação para baratear a comida.

“Tecnicamente, se fazer esse benefício chegar ao trabalhador sem ele perder 10% do valor alimentação, são 22 milhões de trabalhadores que recebem esse benefício, e evidente, se esse valor fica com o trabalhador, isso vai se transformar em melhoria do poder aquisitivo dele na hora de fazer o supermercado”, explicou.

Inflação 374q49

Rui Costa disse ainda que a elevação da inflação no mês de janeiro está relacionada aos eventos climáticos do ano ado, como a enchente história no Rio Grande do Sul, a seca prolongada e as chuvas.

Segundo ele, esses fenômenos geraram impactos na produção de alimentos em diferentes regiões do Brasil.

Apesar disso, o ministro destacou que o governo espera uma “supersafra” neste ano, que pode ajudar na redução dos preços dos alimentos.

“Nossa expectativa é que, na lei de mercado, uma maior oferta leva a um menor preço. A Conab, inclusive, na pesquisa que faz em todas as regiões e estados com vários produtos, apresentou os dados de uma expectativa de crescimento bastante robusto da safra deste ano. Só para dar um dado aqui, nós teremos no arroz um crescimento de 13%. A safra em geral deve crescer 8,2 %”, explicou.

Nesta sexta (24), o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou que o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), considerado a prévia da inflação, avançou 0,11% em janeiro.

A subida da inflação foi influenciada pela alta dos preços das agens áreas, dos combustíveis e do setor de alimentos e bebidas.

*Com informações da Agência Brasil