Três anos após os assassinatos de Bruno Pereira e Dom Phillips, o Ministério Público Federal (MPF) denunciou o narcotraficante Rubén Dario da Silva Villar, o “Colômbia”, como mandante dos crimes cometidos no Vale do Javari, no Amazonas.

A denúncia acabou apresentada nesta quinta-feira (5) à Justiça Federal de Tabatinga, no Amazonas, responsável pelo caso.

Rubén agora se torna réu e será julgado por duplo homicídio qualificado e participação em organização criminosa. De acordo com o MPF, ele financiava atividades ilegais na região e ordenou a execução para retaliar as fiscalizações feitas por Bruno Pereira.

Rubén Villar, o “Colômbia”. – Foto: Reprodução/ Redes Sociais.

Sobre o crime 6m542m

O indigenista e o jornalista britânico Dom Phillips desapareceram em 5 de junho de 2022 durante uma expedição na Amazônia.

Avistaram eles pela última vez na comunidade São Rafael, em uma viagem rumo a Atalaia do Norte. Seus corpos acabaram encontrados dez dias depois, esquartejados e enterrados.

Rubén, apesar do apelido “Colômbia”, é de nacionalidade peruana e já havia sido indiciado pela Polícia Federal (PF) em 2024. Ele está preso em regime fechado em um presídio de segurança máxima.

As investigações apontam que ele comandava uma quadrilha envolvida com tráfico de drogas e pesca ilegal na tríplice fronteira entre Brasil, Peru e Colômbia.

Bruno era conhecido por defender a Amazônia. – Foto: Reprodução/ Redes Sociais.

Envolvidos e presos 1u2w47

Além dele, outros envolvidos já estão denunciados. Amarildo da Costa Oliveira (“Pelado”), Oseney da Costa Oliveira (“Dos Santos”) e Jefferson da Silva Lima (“Pelado da Dinha”) respondem por homicídio qualificado e ocultação de cadáver.

O tribunal do júri julgará eles. Amarildo e Jefferson seguem presos, e Oseney cumpre prisão domiciliar com tornozeleira eletrônica.

Trio segue aguardando julgamento. – Foto: Reprodução/ Redes Sociais.

Em 2024, o MP denunciou mais homens por participação na ocultação dos corpos, entre eles Eliclei e Otávio da Costa de Oliveira. Quatro também vão responder por corrupção de menor, por envolverem um adolescente no crime.

O MPF tenta reverter, no STJ, a exclusão de Oseney do julgamento pelo júri popular. A expectativa é que todos os réus respondam por seus atos em julgamento definitivo.

O caso mobilizou atenção nacional e internacional e segue sendo símbolo da luta por justiça na Amazônia.