O sambista Paulo Onça, nome artístico de Paulo Juvêncio de Melo Israel, era um ícone do samba e foi autor de diversos hinos do carnaval que marcaram sua trajetória.
Ele estava internado desde dezembro de 2024, após ser brutalmente agredido em um acidente de trânsito e morreu nesta segunda-feira (26), aos 63 anos, em Manaus.
Uma trajetória marcada por sucessos 565o37
Natural de Manaus, Paulo Onça começou sua carreira musical aos 16 anos e se consagrou como um dos grandes compositores do carnaval brasileiro.
Seu primeiro grande sucesso foi em 1990, com o samba-enredo “Nem Verde e Nem Rosa”, que levou a Escola de Samba Vitória Régia ao título do Carnaval de Manaus. A música se tornou um hino na cidade e projetou seu talento para o resto do país.

Em 1998, ele fez história no Rio de Janeiro, alcançando o 7º lugar no Carnaval carioca com um samba em homenagem a Parintins, composto em parceria com Quinho e Mestre Louro para a Acadêmicos do Salgueiro.
Anos depois, em 2017, Paulo Onça voltou a brilhar no Grupo Especial do Rio ao , ao lado de nomes como Kaká, Alan Vasconcelos e Marco Moreno, o samba-enredo da Grande Rio, que homenageou a cantora Ivete Sangalo.
Paulo Onça e seu legado além do carnaval 2j31
Além dos sambas-enredo, suas composições foram gravadas por grandes nomes da música brasileira, como Zeca Pagodinho, Jorge Aragão e o Exaltasamba, transformando-se em clássicos do gênero.
Umas das músicas de maior sucesso é “Feitio de Paixão”, interpretada por Jorge Aragão.
Tragédia e luta pela vida 18y14
A morte de Paulo Onça ocorre após meses de internação devido a um traumatismo craniano sofrido na agressão.
O comerciante Adeilson Duque Fonseca, conhecido como “Bacana”, suspeito de agredir Paulo Onça, entregou-se à polícia dois dias após o crime.
Em depoimento, ele alegou ter cometido “excessos” na hora da briga e chegou a dizer que agrediu o sambista por acreditar que ele havia matado sua esposa no acidente.