Os vídeos de um indígena de um povo isolado fazendo contato com uma comunidade ribeirinha no interior do Amazonas chamou a atenção pela surpresa do jovem. Nas imagens, o indígena aparece descalço e usando apenas um pano cobrindo as partes intimas.

O encontro foi com os moradores da comunidade Bela Rosa, às margens do Rio Purus, entre os municípios de Tapauá e Lábrea. De acordo com a Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai), o indígena da região de Mamoriá Grande (entre Pauini e Lábrea) se aproximou de forma voluntária na última quarta-feira (12), por volta das 19h.

O jovem, que aparenta ter aproximadamente 20 anos, interage com alguns ribeirinhos que mostram um celular e um isqueiro para ele. Além disso, o indígena parece desorientado e falando uma língua não identificada, o que dificultou a interação com os ribeirinhos.

Ainda de acordo com a Funai, o indígena retornou à floresta nessa quinta-feira (13).

Veja vídeo:

Indígena de povo isolado e língua desconhecida conhece celular e isqueiro no Amazonas
Contato voluntário de indígena isolado com comunidade ribeirinha no Amazonas.

Cuidados com a comunidade 5t6f2o

Uma nota divulgada pela Funai nesta sexta-feira (14) informou que um plano de contingência implementado pela Funai, Frente de Proteção Etnoambiental Madeira Purus (FPE) Madeira Purus, Coordenação-Geral de Índios Isolados e Recente Contato (CGIIRC) e pela Secretaria de Saúde Indígena (SESAI) trabalha para dar assistência ao indígena.

Duas reuniões foram realizadas ao longo da quinta-feira (13), com participação da Funai, Sesai e do Ministério dos Povos Indígenas (MPI) para avaliar o caso.

Enquanto a Sesai avaliava a situação epidemiológica dos moradores, a Funai monitorava o território e orientava a população sobre medidas de proteção ao povo indígena isolado da Terra Indígena Mamoriá Grande“, informou a Funai.

A equipe também contará com uma colaboradora indígena do povo Juma, experiente em monitoramento de povos isolados e falante da língua Kawahiva, que pode ser a mesma utilizada pelo indígena.

Além disso, a Sesai avaliava a situação epidemiológica dos moradores no interior do Amazonas, enquanto a Funai monitora o território e orienta a população sobre medidas de proteção ao povo indígena isolado. Por fim, as equipes devem ficar na comunidade ribeirinha por tempo indeterminado para acompanhar a situação.