Ex-ministro do Turismo no governo de Jair Bolsonaro (PL), Gilson Machado foi preso pela Polícia Federal (PF) nesta sexta-feira (13) em Recife (PE). 

Nesta semana, o procurador-geral da República, Paulo Gonet, pediu ao Supremo Tribunal Federal (STF) abertura de inquérito contra ele por obstrução de investigação de organização criminosa e favorecimento pessoal.

Machado teria atuado para obter a expedição de um aporte português junto ao consulado de Portugal na capital pernambucana, em favor do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, “para viabilizar sua saída do território nacional”.

Além disso, Machado teria promovido, por meio de seu perfil no Instagram, uma campanha de arrecadação de doações em dinheiro que seriam destinadas a Bolsonaro, o que também chamou a atenção dos investigadores.

Gilson Machado e Jair Bolsonaro. Foto: Isac Nóbrega /PR

Na ocasião, o ex-ministro disse: “foi depositado em torno de R$ 17 milhões na conta dele e já foi embora metade disso. Em praticamente um ano, já foi gasto quase R$ 8 milhões. Aumentaram as despesas dele e existe preocupação com os números”.

No pedido da PGR ao Supremo, Gonet diz que Machado não obteve êxito na emissão do documento para Cid, mas que a PF ainda considera possível que ele “busque alternativas junto a outras embaixadas e consulados” para essa finalidade.

Para Gonet, essas informações levantam suspeita de que Machado esteja atuando para obstruir a ação penal sobre a tentativa de golpe. 

*Com informações de CNN