O ministro da Defesa de Israel, Israel Katz, afirmou no último sábado (8) que não permitirá que um barco com ativistas, incluindo a sueca Greta Thunberg, rompa o bloqueio naval imposto à Faixa de Gaza.
De acordo com Katz, o objetivo do bloqueio é impedir que o grupo Hamas receba armas por via marítima. Ele reforçou que as autoridades isrealenses impedirão qualquer tentativa de violar essa restrição.
Os ativistas anunciaram que pretendem chegar às águas de Gaza ainda neste domingo. Pela manhã, o grupo relatou problemas nos radares da embarcação causados por “interferência eletrônica”. Após 30 minutos, os sistemas voltaram ao normal.
“Nosso rastreador indicava que estávamos no Aeroporto da Jordânia, mas na verdade estávamos a 162 milhas de Gaza”, disse o brasileiro Thiago Ávila, que participa da missão. De acordo com ele, a interferência pode indicar uma interceptação iminente.
Navio que leva Greta Thunberg saiu da Itália, no dia 1º de junho n65n
A bordo do navio Madleen, operado pela Freedom Flotilla Coalition, estão 12 ativistas. O grupo partiu da Sicília, na Itália, no último domingo, dia 1º de junho. A missão busca romper o bloqueio marítimo e entregar ajuda humanitária ao enclave palestino.
Entre os participantes, está a deputada europeia Rima Hassan, de origem palestina. Por criticar as políticas do país, ela já não conseguiu entrar em Israel em outra oportunidade. Também viaja no barco o ator Liam Cunningham, conhecido por seu papel em Game of Thrones.
Durante uma coletiva de imprensa antes da partida, Greta Thunberg declarou que a omissão global diante da crise em Gaza representa “um genocídio transmitido ao vivo”. A ativista criticou a comunidade internacional por não agir.
Israel nega as acusações de genocídio e afirma que as críticas contra o país são antissemitas. O governo israelense também alega que tem liberado ajuda humanitária nos últimos dias.
Após três meses de bloqueio total, Israel começou a permitir a entrada de suprimentos básicos em Gaza. No entanto, organizações humanitárias alertam que o risco de fome permanece alto.
No mês ado, outra tentativa da Freedom Flotilla de alcançar Gaza foi frustrada. Dois drones atingiram um navio do grupo em águas internacionais, próximo a Malta.
A embarcação teve a parte dianteira danificada. O grupo atribuiu o ataque a Israel, embora o governo israelense não tenha confirmado envolvimento.
Enquanto isso, a guerra segue devastando Gaza. Cerca de 90% da população já foi deslocada. Com infraestrutura destruída, os moradores dependem quase totalmente de ajuda externa para sobreviver.