O ministro das Cidades, Jader Filho, falou nesta quarta-feira (23) que Belém (PA), a sede da 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP30), não ará por uma “maquiagem” urbana para o evento.
Ele explica que a ideia dos governos federal, estadual e municipal é mostrar a verdade da capital paraense e da região amazônica aos líderes globais.
A exposição foi feita durante entrevista ao programa Bom Dia, Ministro, quando Jader ressaltou que a vinda de chefes de Estado e representantes internacionais a Belém será uma chance única para eles verem de perto os problemas e as vantagens da Amazônia.
“As pessoas falam sobre a Amazônia através de um documentário, um livro ou de uma opinião. Os líderes mundiais poderão entender, de verdade, o que é a Amazônia, lá na Amazônia mesmo. Vão precisar estar lá, sentir o chão amazônico”, disse.

O ministro destacou a urgência de colocar as palavras em prática. Ele argumentou que o contato olho no olho com a realidade local certamente influencia políticas globais, tornando-as mais eficazes na preservação da floresta.
“Eles descobrirão seus pontos fortes e fracos, compreendendo melhor como cuidar da floresta de maneira sustentável”, afirmou.
Jader Filho também frisou que os diálogos sobre justiça climática e ambiental deveriam estar intimamente ligados a justiça social. Ele considerou importante integrar as questões urbanas de maneira mais incisiva nas conversas da COP.
“Não se pode alcançar justiça climática e ambiental sem justiça social. Grande parte da população da Amazônia não reside sob árvores, mas sim nas cidades”, observou.
Contradições 32151h
Ao mesmo tempo em que o ministro fala que Belém tem que ser mostrada com os problemas, sem ar por transformações, o presidente Lula (PT) anunciou investimentos em pontos turísticos e o governo do Pará instalou estruturas metálicas em formato de árvores, chamadas de “jardins artificiais”.
A arquiteta responsável pelo projeto, Naira Carvalho, explicou que a ideia foi inspirada em modelos de Singapura, onde estruturas semelhantes são utilizadas em áreas urbanas.
“Esses jardins suspensos vão oferecer sombra e conforto térmico em espaços onde não há condições para o plantio de árvores, seja pela falta de espaço para as raízes ou pela qualidade do solo”, disse Carvalho.
*Com informações de Metrópoles