A Seleção Brasileira saiu de campo nesta terça-feira (25) com um dos piores resultados dos últimos anos. A goleada merecida, de 4 a 1 para a Argentina, escancarou a fragilidade do time de Dorival Júnior e as incertezas sobre a competitividade da equipe.
A atuação foi abaixo da média e a classificação para a Copa do Mundo de 2026 segue como uma incógnita, mesmo com o time no G-4, com 21 pontos.
Se dentro de campo a situação já é ruim, ainda mais considerando que o único gol do jogo foi “achado”, por uma falha da defesa Argentina, fora dele parece pior: ainda que o Brasil consiga a vaga, a torcida começa a perder esperanças de ver um time competitivo no próximo Mundial.
O problema não está (só) nos jogadores
O que falta para a Seleção Brasileira voltar a ser uma das melhores do mundo? O elenco tem Vinícius Júnior, eleito o melhor jogador do mundo, e Raphinha, um dos destaques da atual temporada no futebol europeu.
Ainda assim, o time não rende. A resposta parece estar no banco de reservas: Dorival Júnior não consegue dar um padrão tático à equipe e toma decisões muito discutíveis tanto nas convocações, quanto nas escalações. O mesmo aconteceu com Fernando Diniz, que saiu apontado como culpado da má fase.
A Seleção Brasileira está sem identidade, sem organização e sem direção clara para o futuro, com o conceito de equipe cada vez mais abstrato e uma dependência crescente dos talentos individuais.
Convocações, escalações e dúvidas
Além da falta de um esquema tático, o time conta, sim com baixa qualidade técnica. Se a presença de Wesley foi um ponto positivo, Guilherme Arana, Murillo e Bento tiveram atuações fracas; há quem diga desesperançosas.
Com um elenco instável e sem referência tática, o Brasil parece longe de brigar pelo hexacampeonato, mesmo com a vitória contra a Colômbia no jogo anterior, em Brasília.
Briga errada
Antes do jogo, os jogadores prometeram luta, e de fato cumpriram — mas não da forma que precisavam. Ao invés de raça e disposição para reverter o cenário adverso, preferiram se envolvar em discussões e provocações. Futebol que é bom, pouco se viu.
Mesmo após a vitória em Brasília, o Brasil entrou em campo sem postura competitiva. O resultado foi um vexame histórico, justamente contra o maior rival.
Incerteza até junho
Agora, resta a dúvida sobre o futuro da Seleção Brasileira. Com pouco mais de um ano para a Copa do Mundo, o Brasil segue sem um projeto sólido.
A próxima partida será contra o Equador, fora de casa, no dia 3 de junho. Até lá, a pressão sobre Dorival Júnior e a CBF só tende a crescer, com Neymar de volta ao páreo (para o bem ou para o mal) e muito trabalho a ser feito.
